Nas trilhas das invernadas - A ponte da estiva
A ponte da estiva Vai e vem, e a gente sempre lembra de alguma coisa, lugar ou acontecido pela vida a fora, ou mesmo do passado. No meu caso a infância e parte da adolescência. Na memória? A ponte da estiva. Travessia obrigatória para quem morava lá pelas bandas das invernadas. Passava por ali quase todos os dias. Um trecho de travessia, com cerca de uns 150 metros, úmido e barrento o ano inteiro – água suja e barro. A travessia de uma ponte sobre um córrego e o trecho entre árvores, molhado o ano inteiro. Não importava se era tempo de seca ou de chuva. Sempre molhado, e passível de se atolar. À pé, sempre a possibilidade de molhar e sujar os pés ou o calçado. Preocupado porquê? Lá pelas bandas das invernadas o nosso calçado era a sola grossa e calejada dos pés. Tinha pontos que não era qualquer tipo de espinhos que entrava, tal a dureza dos calos. No inverno então, além da umidade ainda havia a ocorrência de geada, o que tornava o trecho ainda mais ruim de atrav...