Saudades
Eu tenho sim.
Dos amigos,
que aí deixei.
Saudades! Sim.
Das nossas conversas.
Das piadas engraçadas.
Sempre regado a cerveja,
e ao som do violão.
À sombra da varanda,
e uma bela canção.
Saudades! Eu tenho sim.
Daquela mesa de pedra,
à sombra do abacateiro.
Pássaros cantarolavam,
passando em seu voo rasteiro.
Do sorrateiro esquilinho,
em seu saltitar ligeiro.
Indo de árvore em arvore,
provocante e fagueiro.
Saudades! Eu tenho sim.
Da minha cachorra Hanna.
Das borboletas coloridas,
ben-ti-vis, sanhaços e beija-flores.
De tudo! Tenho saudades.
Mas como tudo passa!
E sempre muito ligeiro.
Só os amigos ficam.
Destes sim!
Tenho saudades!
Tudo o mais é passageiro.
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