Da série - Rio São Francisco

PONTAL DO ABAETÉ – MG

By Hélio Rezende


Tardes no Pontal do Abaeté

Para quem me conhece, sabe que não é novidade que gosto de passear e, se tiver como dar banho na minhoca aí o passeio vira festa. No Pontal do Abaeté é assim.

Localização do Pontal do Abaeté

O peixe, para mim, é apenas um detalhe. Mais importante é o divertimento, a farra, o prazer de estar em um lugar bonito, de relaxar, curtir a paisagem, o ar puro. Tirar belas fotos. Ver e ouvir o canto de belos pássaros. O barulho das águas pelas cachoeiras e corredeiras.

As corredeiras na região do Pontal do Abaeté

Agora em junho estive no Pontal do Abaeté. Lugar ímpar, natureza pura. Encontro do Rio Abaeté com o São Francisco.

Maravilha de água

 Lugar de sossego. Foram quatro dias sem televisão e celular. O Rio São Francisco na região é alguma coisa sensacional e preservado, daí o encanto e o carinho que tenho pelo lugar.

Lá ainda é possível avistar, tucanos, araras, maritacas, papagaios, veados, lobo guará e muitos outros animais e pássaros da região. O lugar é realmente uma dádiva e vai além do rio que é a principal atração e responsável por toda essa beleza estampada neste post.

Permita me discordar do compositor que disse que "às margens do São Francisco nasceu a beleza", numa referência a Petrolina e Juazeiro, pois para mim o velho Chico é uma beleza, uma dádiva da natureza em toda sua extensão.


As maravilhas do velho Chico

 Nesta época do ano o nível do rio está alto e a água limpa. Sempre há peixe para quem curte o prazer de pescar.

O esplendor do velho Chico

Aliás pescar é um exercício de paciência, uma catarse de paz interior. Desde a escolha do material às iscas. Preparar o material adequado, vara, linha, chumbada, anzol e isca. Escolher um bom local, colocar a isca e lançar o anzol na água, aí é só aguardar a vontade do peixe em escolher a sua isca.

Pescar é estar com tempo e paciência, estar em conexão com as energias positivas do pensamento e saber que uma hora é do peixe e a outra é do pescador. Na pescaria de vara e anzol prevalece a hora do peixe. É que o peixe sempre ganha essa luta, ainda bem que só alguns mais atirados ou mais distraídos vão com mais força e se agarra ao anzol.

Quando se está pescando, a pessoa, pelo menos acontece comigo, esquece de tudo. A atenção é totalmente voltada para o peixe que você sequer vê, mas se liga na expectativa a qualquer toque no anzol que é sentido na vara em sua mão. Uma verdadeira turra entre o homem e o peixe em seu habitat, quando algum desavisado se agarra ao anzol e é trazido à margem ou é embarcado é aquela festa, gáudios de felicidades. É só alegria. Ahaaa!

A pesca do dourado no velho Chico

Esse junho foi muito especial. Não porque pegamos muitos peixes. Na verdade, foram poucos, apenas três bons de tamanho e qualidade. Mas o festival da floração dos ipês rosa às margens do velho chico foi o ponto alto da estada no pontal, ao lado da natureza exuberante do rio que por si só já é suficiente para justificar um passeio de barco no trecho que compreende a região do Pontal do Abaeté.

A maravilha dos ipês às margens do Rio São Francisco

Se não gostar de pescar, aprecie a natureza, passeie de barco. O local em si é um bela aventura, mas não esqueça, no passeio de barco é necessário, alguém que conheça o rio para navegar em segurança. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nas trilhas da invernada – Rumo à cachoeirinha

Entre flores e livros. Primeira metade dos anos 1970.

O nosso Botafogo