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Mostrando postagens de maio, 2021

Nas trilhas da invernada - Estórias da infância

By Hélio Rezende Fico vendo o meu amigo Danilo contando as estórias da infância dele e me lembrei de uma. Comecei a pensar o que aconteceu de fato. Lembro me que na década de 1960 eu morava em nossa casa simples, no sítio de meu pai na invernada – chamado de Sítio São Manuel das Invernadas. Cerca de três alqueires de terras encravadas entre matas e brejões de madeira, em cujos ribeirões pesquei muitos lambaris. Hoje, nem sei se ainda existem lambaris por lá. Porquê invernada? Conta-se que a região era lugar onde se colocavam as vacas que recém terminaram o ciclo de lactação, para descansarem, até que estivessem aptas a dar nova cria e voltarem a produzirem leite novamente. De fato, a palavra de “invernar”, é para designar local de gado de engorda ou de descanso, no caso das vacas que pararam de produzir leite e aguardam um novo ciclo. Podia ter uns 13 anos quando fui matriculado nas Escolas Combinadas de Torreões, hoje Don Justino José de Santana. À época, meu pai falava em cer...

Cá estamos nós

By Hélio Rezende  Maio de 2021. Passados um ano. Novos pesadelos? Sim. Sempre devemos estar atentos. Muita gente já vacinadas e imunizadas, principalmente os mais velhos – idosos. Mas a coisa agora deu de atacar jovens. Os cuidados continuam. Agora, com a esperança da vacina, felizmente. Mas ainda com muito cuidado. Bem da verdade a luz do fim do túnel ainda é muito tênue. Porque parece distante o tal fim do túnel. Ainda, só esperança. Esperança de que tudo se normalize em breve. Será? Muitos projetos e sonhos se foram, outros foram adiados. Alguns, entretanto, para sempre. Mas a vida precisa continuar. Porém nada será como antes. Nem falo da saudade dos que se foram, o que nunca se apagará da nossa memória, mas da rotina do dia a dia, que seguirá alterada, ainda por um bom tempo, ou quiçá, para sempre. Creio! Jamais teremos as rotinas de antes. Sempre pesará a falta de alguém, ou o sentimento de que se está à espreita dessa coisa chamada vírus. As festas, as reuniões...

Pois é

By Hélio Rezende Passados mais de um ano de apreensão, enfim, eis que tudo parece normalizar. Só parece. Mesmo com as doses da vacina, não podemos nos descuidar. Ainda temos um longo caminho a percorrer. Ainda faltam algumas etapas a serem transpostas. Mas este período de experiências dolorosas nos forneceu muitos ensinamentos, que, queiramos ou não ficará para o resto de nossas vidas. Um deles, e talvez o mais importante, é que diante de dificuldades como as que se apresentaram em razão da pandemia que grassou mundo a fora, resta claro que somos todos iguais. A doença atingiu, direta ou indiretamente, todos os países, todas as pessoas de todas as raças e credos indistintamente. Não me venha dizer que em alguns lugares foi mais ou menos brando que outros. Isso não consola ninguém, nem ameniza a dor e o desespero que se instalou a partir do início de 2020, com a terrível cena de corpos empilhados no norte da Itália, conforme mostrado nos noticiários. Nem me venha dizer que este ou...