O sujeito radical
By Hélio Rezende
Um dia desses
fiz um comentário sem muita importância no facebook. Expressei uma simples
opinião. Passados alguns dias continuo com a mesma opinião, porque tenho
certeza que sob a minha ótica estou certo. Porém isso não me dá o direito de
querer que as outras pessoas pensem igual a mim.
Não demorou
muito e alguém logo contestou, no sentido de querer demonstrar que eu estava
errado e arrematando que com aquela minha opinião eu poderia estar sendo
manipulado. Então eu o respondi que se tratava de uma opinião e que não fora
colocado ali para debate. Ou seja, apenas disse que não iria aderir a uma
discussão sobre o tema. Logo fui taxado de radical.
Curioso, fui
atrás para saber o significado do termo radical. Encontrei vários. Achei que
nenhum deles se encaixava na minha assertiva de não colocar para debate uma
simples opinião, que eu diria, bem particular.
Vejamos.
Radical: relativo a raiz; fundamental, básico, essencial; do ponto de vista
político, aquele que prega o radicalismo, ou age com radicalismo, ou que revela
radicalismo, inflexibilidade, radicalista; parte invariável de uma palavra. Do
mesmo modo radicalismo: doutrina ou comportamento dos que visam a combater pela
raiz as anomalias sociais mediante a implantação de reformas absolutas;
qualquer doutrina ou comportamento que sendo politicamente inflexível provoca
antagonismos; comportamento ou opiniões inflexíveis. (Dicionário Aurélio).
Diante das
definições acima, concluí que não sou nenhum radical e também nunca agi movido
sob a ótica de qualquer forma de radicalismo. Isto porque sou um cidadão comum,
recolhido em suas opiniões de qualquer natureza, mas sem nenhuma pretensão de
divulga-las para influenciar quem quer que seja.
Do mesmo modo
que aquela opinião, está aqui também não está em discussão ou colocada para
debate. Isso porque não é da minha índole, querer influenciar alguém e nem de aceitar
ser influenciado. Tenho minhas opiniões e convicções. Pronto.
Aliás, já saí
de grupos de WhatsApp por causa de discussões intermináveis de pessoas querendo
a todo custo, fazer valer suas opiniões e posições, frente às demais. A questão
é que, não que elas estejam erradas, mas é completamente desnecessário e até
cansativo, a tentativa de mover as pessoas, esclarecidas e com opiniões formadas.
As pessoas só
mudam, por elas mesmas. Caso contrário vai continuar com suas opiniões e
convicções e tentar muda-las à revelia de suas vontades aí sim, é agir sob a
ótica do radicalismo. É o que penso.
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