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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Entre flores e livros - Meus amigos e primos irmãos

  Meus amigos e primos irmãos Normalmente nos referimos aos primos irmãos, aqueles primos que são filhos de pessoas; irmãos de uma família que se casam com irmãos da outra família. Por exemplo, dois irmãos que se casam com duas irmãs de outra família. Os filhos destes casamentos serão primos irmãos. Antigamente, creio, era mais comum tal ocorrência, talvez por falta de opção. Hoje, talvez, seja mais raro tal ocorrência. Ou então nos referimos a alguém, não da família, como irmão por afinidade ou em cristo. Tenho que admitir, tenho muitos irmãos e irmãs em cristo. Seja por pura afinidade, por amizade ou até mesmo por proximidade. Na verdade, são de fato amigos, claro que com graus variados de relacionamento e confiança, mas, amigos. Costumo definir amigo como alguém especial que a gente não escolhe. Ele entra na vida da gente sem ser convidado, se instala sem pedir licença, mas também sem exigir nada. Mesmo estando longe o amigo é sempre amigo. É alguém que quando a gente...

Domingo de chuva

  Domingo de chuva   De manhã! tempo fechado. Lá longe a serração. Raios de sol preguiçosos. Rompendo a imensidão. Em meio a esse torpor! Veio logo a inspiração. Vejo a chuva caindo, encharcando todo o chão. Com suas gotas miúdas, molhando a plantação. Se chocando com os telhados, produzindo barulhão. A graminha toda verde. As roseiras em flor. Os pássaros a esvoaçar, alimentando, sem parar. As orquídeas com botões, promessa de lindas flores. Vez em quando as borboletas, aparecem de arrastão. Pois é! Neste domingo chuvoso, o jeito é poetizar. Para não ficar na mesmice por falta de criação. Fiz esses versos, de improviso. Que mostro, em primeira mão. Até a próxima

Tarados das vacinas

  Viciados por vacina Um dia desses ouvi a frase “tarados da vacina”. Fiquei pensando. Nasci e cresci na roça, lá para as bandas das invernadas. Minha mãe me contou que logo que nasci apareceu um furúnculo no meu pescoço, tratado pelo farmacêutico lá de Torreões, de nome Juca Piula. Longe de desconfiar dela. As marcas no meu pescoço não deixam dúvidas, pois estão aqui até hoje para quem duvidar, poder conferir. Me disse também que com dois meses de vida eu tive sarampo. Mais tarde, tanto eu como minhas irmãs, tivemos catapora, varicela, tosse coqueluche, e gripes de toda natureza. Claro, lá não tinha vacinas e não fomos vacinados logo que nascemos, como acontece hoje. Muito depois é que apareceram por lá as vacinas, e aí minha mãe não perdeu tempo e levou nos para vacinar. Meu filho, hoje com mais de trinta anos, nunca teve essas doenças. Também pudera. Fiz questão de que tomasse todas as vacinas disponíveis e mais algumas não cobertas pelo estado. Creio que a maioria, se n...

Datas comerciomemorativas!

  Datas co mercio memorativas! Engraçado né? Nunca acreditei muito no Natal. A não ser como o dia do nascimento de Cristo. Também nunca acreditei no Ano Novo, nem mesmo como uma virada. Para mim é tão somente uma continuidade do tempo e da vida. Aliás o tempo é um caminhar contínuo e inexorável. Nada nem ninguém tem o poder de pará-lo. Como bem apregoa o trecho da música de Cazuza, que diz: “o tempo não para”. Todos sabem, pelo menos os mais chegados com certeza sabem, que nasci e fui criado na roça. Tive uma infância e adolescência de pé no chão. Longe das notícias e das coisas da cidade. Sem qualquer contato com as badalações do Natal e das festas de fim de ano. Talvez por isso nunca fui adepto das festas natalinas e dos “réveillons”. Assim como dos carnavais. La na roça, nos confins das invernadas, natal para os meninos de pé no chão, pelo menos para mim, era símbolo de presentes, que nunca chegavam. A noite de Natal era uma noite qualquer, a não ser a noite de colocar...