Tarados das vacinas

 

Viciados por vacina

Um dia desses ouvi a frase “tarados da vacina”.

Fiquei pensando. Nasci e cresci na roça, lá para as bandas das invernadas. Minha mãe me contou que logo que nasci apareceu um furúnculo no meu pescoço, tratado pelo farmacêutico lá de Torreões, de nome Juca Piula. Longe de desconfiar dela. As marcas no meu pescoço não deixam dúvidas, pois estão aqui até hoje para quem duvidar, poder conferir. Me disse também que com dois meses de vida eu tive sarampo.

Mais tarde, tanto eu como minhas irmãs, tivemos catapora, varicela, tosse coqueluche, e gripes de toda natureza. Claro, lá não tinha vacinas e não fomos vacinados logo que nascemos, como acontece hoje. Muito depois é que apareceram por lá as vacinas, e aí minha mãe não perdeu tempo e levou nos para vacinar.

Meu filho, hoje com mais de trinta anos, nunca teve essas doenças. Também pudera. Fiz questão de que tomasse todas as vacinas disponíveis e mais algumas não cobertas pelo estado. Creio que a maioria, se não todos, vacinam seus filhos.

Aqui na minha família, ainda hoje tomamos todas as vacinas disponíveis pelos programas de cobertura vacinal. Recentemente, logo no início da pandemia, todos tomamos a vacina contra pneumonia, às minhas custas. Graças a Deus tem funcionado.

Sendo assim, posso ser considerado um tarado por vacinas.

É engraçado que há pessoas que não querem tomar a vacina da covid, por exemplo, e ainda dizem não acreditar nas vacinas, em que pese os números escancarados, com a redução vertiginosa dos casos a partir de março de 2021, devido ao avanço das doses de vacinas, Brasil a fora.

Por isso, eu sou a favor da disponibilização de vacinas para todos, e ainda, da exigência de que sejam vacinados. Neste momento, o seu egoísmo em não se vacinar é um desrespeito com as pessoas, inclusive aquelas que os rodeiam.

Não quer se vacinar. Ok! Sem problemas. Mas não se esqueça de que as liberdades das pessoas vão até o limite de não ser prejudicial às demais. O meu particular não pode, em hipótese alguma, prejudicar o público, ou seja, o meu egoísmo e a minha atitude, seja qual for, não pode ir contra e nem prejudicar as demais pessoas.

E pasmem, tem gente que dizem também não acreditar na ciência. Mas quando precisam recorrem aos hospitais para tratamento, como, por exemplo de um caso de obstrução intestinal. Ora, os procedimentos e os remédios ali utilizados são frutos de estudos científicos! Como não acreditar na ciência!

Meus amigos. Tomem vacinas e acreditem na ciência. É o que penso.

Até a próxima.

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