Texto simples mas interessante
"Entra governo sai governo e não se vê outra coisa, senão a
faina em avançar sobre os recursos públicos de gastar e gastar.
A estória é sempre a mesma. O mesmo blá blá de sempre.
DRU – Desvinculação de
Receitas da União
O que era para ser
provisório está aí até.
Em 1994, depois da posse do Fernando Henrique, sob o
argumento de que precisava estabilizar a economia logo após o lançamento do
plano real, foi instituído o Fundo Social de Emergência (FSE). Se é
emergencial, então é algo provisório, deve durar até passar a fase de
emergência que serviu de argumento para a implantação do tal fundo.
Vale lembrar que à época foi instituído que o tal fundo de
emergência que retiraria 20% de todos os tributos federais, vinculados por lei
a fundos ou despesas. Tal montante poderia ser usado livremente pelo governo
federal. A principal fonte de tais recursos? As contribuições sociais e
econômicas. Cerca de 90% dos recursos que compõem o tal recursos vinha das
contribuições sociais e econômicas.
O tempo passou e o que era para ser provisório está aí até
hoje. Só trocou de nome de Fundo Social de Emergência, para Fundo de Estabilização
Fiscal e no ano de 2000, Desvinculação de Receitas da União.
A validade da medida instituída em 1994, foi prorrogada por
várias vezes, até que em 2015 foi proposta a PEC 87/2015, estendendo a validade
da DRU, Desvinculação de Receitas da União até 2023. E ainda por cima
aumentando o percentual que era de 20 % para 30%.
Segundo informação retirada do site do Senado, 90% das Receitas
Desvinculadas vêm das contribuições sociais – leia-se para a previdência social.
Vejamos agora em 2023 o que acontece!! Aposto que a DRU será
mais uma vez prorrogada, continuando a contribuir para o déficit da previdência,
pois de lá pois é das contribuições sociais que sem 90% dos recursos para a DRU.
CPMF – Contribuição Provisória
sobre Movimentações Financeiras
O que era para ser
provisório, durou 11 anos.
A primeira experiência de um imposto sobre movimentação
financeira ocorreu em 1994, com a cobrança do IPMF, Imposto Provisório sobre Movimentações
Financeiras. A alíquota era de 0,35% e incidia sobre os pagamentos com cheques,
cartões de débito e sobre a maioria das transferências bancárias. Tal cobrança
durou até 31 de dezembro de 1994, portanto, provisório.
Só que em fins de 1997, o assunto IPMF voltou à pauta, com
argumento de que seria para financiar a saúde, tendo como patrono o Ministro da
Saúde, à época. Agora com novo nome de CPMF, Contribuição Provisória sobre Movimentações
Financeiras, a cobrança perdurou por 11 anos; de 1997 a 2007, quando foi
extinto para a tristeza de muitos no governo, à época.
Durante o período a alíquota variou de 0,20% a 0,38% e foi
arrecado alguns bilhões de reais, mas todo o valor não foi para a saúde, menos
da metade. Do restante, parte foi para a previdência, parte para compor fundo
de erradicação da pobreza e parte para o caixa do governo.
Após 2007, várias foram as tentativas de recriar a
famigerada CPMF.
Teto dos gastos públicos.
O chamado de regime de “Teto de Gastos”, fixa limites para as
despesas primárias dos órgãos do governo - Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público da União, do Conselho Nacional do Ministério Público e da
Defensoria Pública da União.
Por meio da PEC 241 aprovada em 2017, o teto dos gastos do
governo ficou estabelecido, como base no orçamento de 2016, podendo apenas ser
corrigido pela inflação do ano anterior. Ficou estabelecido também que a
validade do estabelecido pela PEC seria de 20 anos, podendo ter seus parâmetros
revistos a partir de 10 anos da vigência.
Grosso modo o teto dos gastos foi estabelecido para frear a
gastança dos governos, fora do estabelecido no orçamento anual.
Porém, com a chegada do novo governo que ocorrerá em 1º de
janeiro próximo, lá vem a velha e outra tentativa de obter mais dinheiro para
poder cumprir suas promessas, furando o teto dos gastos e aumenta-los em alguns
bilhões, sem ter de onde tirar.
Não sou economista nem mestre em finanças. Porém, quando
gastamos mais do que ganhamos, ficamos no vermelho e devendo na praça, podendo
ser até negativado juntos aos bancos e financeiras.
No caso do governo, as saídas para suportar gastos além do
que arrecada é lançar papeis do governo no mercado, a juros atrativos claro –
aumentando a taxa de juros, ou mandar a casa da moeda rodar a maquininha e
emitir novas remessas de papel moeda, claro com o aval do BACEN. Outra medida é
aumentar os impostos já existente, cujas alíquotas já são escorchantes, ou
ainda criar novos impostos.
Todas a medidas acima direta ou indiretamente geram inflação
e aumento da taxa de juros, arrochando ainda mais a população, que já está cada
vez mais e mais arrochada.
Mas é sempre assim, desde que passei a entender alguma coisa
da vida. O povo sempre paga a conta sempre salgada pela má administração dos
governos e até pelas promessas feitas com o objetivo de angariar votos.
Lembram-se do confisco da popança dos brasileiros pelo
governo Collor!!! Pois é!!!
“ O povo sempre perde nas eleições, não importa o partido que
ganhou. ”
Se a PEC do fura teto passar sabe se lá de onde virá os
recursos e muito menos quanto tempo vai durar!!! O grande exemplo é a DRU que
vigora provisoriamente desde 1997."
Autor desconhecido.
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