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Mostrando postagens de junho, 2021

Nas trilhas da invernada – Frutas silvestres

  By Hélio Rezende Só para roceiros raiz. Hoje, pela manhã, fiquei no sofá vendo TV. Na verdade, um dos poucos programas da TV Globo que me chama a atenção – o Globo Rural. Por ser de origem rural, ainda conservo muito do modo de viver do campo. Ou seja, ainda tenho o pé na roça e costumo dizer, que eu saí da roça, mas roça não saiu de mim, principalmente a região das bandas da invernada. Uma parte do programa que foi ao ar hoje pela manhã, trouxe à memória uma frutinha que poucos conhecem, mas que eu consumia muito na minha infância, pelas trilhas da invernada – o joá. Um arbusto espinhento, com espinhos do caule às folhas e até no suporte da fruta. Quando madura na cor avermelhada, uma delícia. O programa mostrou o pessoal colhendo o fruto na região da serra da Mantiqueira em Minas Gerais e fazendo geleia de joá. Quando menino, pelas bandas da inverna consumi muito essa frutinha “in natura”, mas a geleia, aparentemente estava uma delícia. Ah sim. É preciso ter cuidado...

Nas trilhas da invernada - A escolinha

  By Hélio Rezende Bem cedo tomei gosto pelos estudos, graças a Deus. Não me lembro bem, mas com cerca de quatro ou cinco anos me encantei com os livros e cadernos. Isto porque lá em casa no sítio São Manoel das Invernadas, minha tia Silvana e primeira professora, começou a ensinar os meninos e meninas das redondezas. Não era uma sala de aula convencional. As aulas aconteciam com os alunos sentados em torno de uma mesa grande improvisada, com dois bancos, um de cada lado. Tudo de madeira rusticas. Não tinha quadro negro e as lições eram ditadas ou transcritas nos próprios cadernos dos alunos. Assim foram meus primeiros passos com as letras. Ainda não tinha idade para estar ali, mas minha tia aceitou que eu sentasse junto com os alunos dela e acompanhasse as aulas. Aliás, acho que ela não teve outra escolha se não me aceitar. Kkkkkk. Sentei na mesa junto com os demais e pronto. Aí ela começou a me ensinar também. Tenho muito orgulho de ter sido seu aluno e de ter aprendido as ...

Da série - Rio São Francisco

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PONTAL DO ABAETÉ – MG By Hélio Rezende Tardes no Pontal do Abaeté Para quem me conhece, sabe que não é novidade que gosto de passear e, se tiver como dar banho na minhoca aí o passeio vira festa. No Pontal do Abaeté é assim. Localização do Pontal do Abaeté O peixe, para mim, é apenas um detalhe. Mais importante é o divertimento, a farra, o prazer de estar em um lugar bonito, de relaxar, curtir a paisagem, o ar puro. Tirar belas fotos. Ver e ouvir o canto de belos pássaros. O barulho das águas pelas cachoeiras e corredeiras. As corredeiras na região do Pontal do Abaeté Agora em junho estive no Pontal do Abaeté. Lugar ímpar, natureza pura. Encontro do Rio Abaeté com o São Francisco. Maravilha de água  Lugar de sossego. Foram quatro dias sem televisão e celular. O Rio São Francisco na região é alguma coisa sensacional e preservado, daí o encanto e o carinho que tenho pelo lugar. Lá ainda é possível avistar, tucanos, araras, maritacas, papagaios, veados, lobo guará e muitos outros anim...

Nas trilhas da invernada – Minha primeira infância

 By Hélio Rezende Um dia desses recebi um WhatsApp de uma prima, acompanhado da cópia de uma foto, tirada pela câmara do celular, de quando era criança. Uma foto já conhecida e também um dos exemplares da única foto que tenho da minha primeira infância. Na verdade, o que me chamou a atenção foi o estado de conservação da foto e a informação de minha prima de que estava escrito no verso, que à época eu tinha 1 ano e 8 meses. Tenho mais dois exemplares, porem em estado de conservação pior e sem a informação da idade. Pela informação de minha prima pode se deduzir que foi tirada em março de 1957. Tal foto pertencia à família dela, cujo pai dela, o tio Ataíde, era irmão do meu pai. Imediatamente pedi para, que se não fosse guardar, se poderia me devolver. Ela prontamente se dispôs a devolvê-la e disse que o fará tão logo seja possa vir em minha casa. Não tenho na memória de infância, onde e quando a foto foi tirada. Mas, me remeteu aos primeiros anos da minha vida. Pena que não...