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Mostrando postagens de outubro, 2021

Nas trilhas da invernada - Estórias da minha infância

  Nas trilhas das invernadas As memórias vão e voltam. Na rota entre minha casa, em São Manuel das Invernadas e Torreões, existem muitas outras estórias e muita travessura. A última que lembrei foi a do Simeão, que surtou e ficou meio louco, vagando pelas trilhas das invernadas, do fundão e de Torreões. Mas tem muitas outras! Como as estórias de cachorro loucos que eram sempre motivo de medo da meninada. É que a gente sempre transitava sozinho pelas trilhas e estradas das invernadas.   Aliá o mês de agosto é conhecido na roça como mês do cachorro louco. Tudo isso por causa das estórias contadas acerca da existência de cachorros descontrolados nesse mês, que saiam da casa de seus donos e vagavam pelas trilhas e estradas atacando quem aparecesse pela frente. Pai Jair contava uma estória de um cachorro acometido pela loucura que vagava pela região da boa vista. E que foi preciso matar o animal com um tiro de espingarda. O medo das pessoas era tanto que era preciso mat...

Entre flores e livros - A nossa essência

  A nossa essência Agora, em outubro, participei de um congresso. Virtual, claro. Na palestra magna, lá estava o Mário Sérgio Cortella com seus ensinamentos. Se é que podem ser assim designados. Ótima palestra, cheia de desafios e propostas, embora sejam coisas óbvias, mas que sempre precisamos de alguém isento, fora dos nossos convívios e pensamentos, para que as verbalizem e nos chamem a atenção. De início ele começou com a famosa mensagem de Heráclito de Éfeso: “Ninguém se banha no mesmo rio uma segunda vez, porque quando isso acontece nem a pessoa e nem o rio já não são mais os mesmos. ” Isto porque tanto a essência da pessoa assim como a do rio já se modificou e não são mais as mesmas. Ou seja, tanto o rio como a pessoa se modificaram. Parece obvio. Não? Mas não é mesmo. É que tanto o rio como nós nos modificamos a cada momento, a cada segundo e no decorrer do curso do rio e de nossas existências. Pensemos nos rios! Formados pelos seus afluentes e suas nascentes que ...

Nas trilhas da invernada - Embora de pé no chão

  Embora de pé no chão. Nada faltava. Assim era nós vivendo nas invernadas. Era uma casa simples sim, mas cheia de amor e bons exemplos. Expectativas de vida simples. Nem em sonho imaginava-se os dias de hoje. Aquelas paragens bucólicas das montanhas simples das invernadas, jamais esquecidas, nem de longe eram prenúncios de que um dia percorresse outras terras e conhecesse outras montanhas. As montanhas de Minas, com seus traçados imortalizados nos contornos da igrejinha da Pampulha em Belo Horizonte. A igrejinha de São Francisco de Assis. Sem deixar, claro, de exaltar o meu Torreões querido, onde nasci, cresci e virei gente e a igreja de São Francisco de Paula, onde fui batizado e crismado. Ser grato ao seu rincão e a sua terra natal, é uma obrigação. Me sinto completamente à vontade e em casa, mesmo não morando mais lá, cada vez que vou a Torreões. Acho que de verdade nunca saí de lá. Assim como em pensamento, nunca saí das invernadas. Lembrar momentos passados não é ser ...

Entre flores e livros - Saudosos momentos

  A caminhada para Angolinha Hoje. 09 de outubro de 2021. Dia lindo de uma beleza sem par, natural! Porém embaçado e nebuloso. Neblina para todo lado. Angolinha! Esse lugar! Embora pouco frequente na minha memória direta, guarda lembranças, deveras interessantes. Ok? Acho que estive lá duas vezes antes. Mas hoje acertamos de fazer uma caminhada de Torreões até a Angolinha. Bela caminhada. No trajeto lugares e visuais exuberantes. Ar puro à vontade, com direito a odores naturais, das pocilgas, dos galinheiros e dos currais, às margens das estradas. A saída foi pela descida em direção ao vinte e nove passando pela região do lava pé, porém, virando à direita, seguindo em direção à ponte zero um do Rio do Peixe e depois em direção à Jacutinga. Trajeto serpenteado com subidas e descidas, cheio de curvas e ladeados de matas preservadas, sítios e belezas naturais, como uma pequena cacheira próxima ao acesso da Jacutinga para Angolinha, onde pude fotografar um belo exuberante e...